Turminha do RAMON: Skank - Turnê Despedida

O Skank é sem dúvidas uma das bandas mais importantes dos últimos anos da música brasileira. Na década de 1990 se juntou a outros nomes para dar uma nova cara à cena pop/rock do Brasil. Eis que em 2023 o grupo decidiu encerrar as atividades após muitos sucessos. Talvez seja melhor sim terminar sem entrar em declínio, no entanto é bem provável que os integrantes queriam agora uma agenda de shows mais tranquila e seguir em carreira solo fazendo coisas que não podiam fazer no Skank.

Para celebrar o fim, nada melhor do que uma turnê de despedida onde a banda pode mostrar ao vivo o motivo de tanto sucesso durante tantos anos. O repertório contou com músicas de toda a carreira, passando por todos os discos, assim foi possível ver mais uma vez toda a diversidade musical do grupo. Eles em cima do palco continuam muito bem e Samuel Rosa, vocalista e guitarrista, esbanja simpatia, interagindo bastante com o público.

O local do show de Brasília foi a Arena Mané Garrincha, mas não dentro do campo, e sim no local que seria um grande “hall de entrada” do estádio. O som estava bom, mas quem ficou mais longe do palco já tinha um pouco mais de dificuldade de ouvir. Como sempre tinha a separação em pista normal e vip, sendo que na mais privilegiada ainda tinha direito a open bar. Ter bebidas à vontade nunca é uma boa ideia em shows, pois a platéia fica mais distraída e interessada na “balada” e obviamente no álcool, assim como os banheiros sempre ficam cheios.

Deixando isso de lado e falando sobre o show em si, o repertório foi bem dividido em estilos musicais dentro da sonoridade do Skank. Assim o show começa mais “morno” com “Dois Rios”, para logo em seguida voltar para os anos 1990 em que a banda teve os maiores sucessos como “É uma partida de futebol” e “Esmola”. Acho um absurdo que “Saideira” não tenha sido deixada para fechar o show, já que seria algo tão óbvio (mesmo sendo clichê).

Tivemos músicas de todos os discos, incluindo do último álbum de estúdio da banda chamado “Velocia” de 2014. Nossa, lá se vão 9 anos desde o último trabalho de inéditas, então se nesse período o grupo não sentiu vontade de compor mais nada realmente era melhor mesmo encerrar as atividades musicais do grupo.

Assim, foi bom ter tido a oportunidade de ver a banda ao vivo pela, quem sabe, última vez. Foi um grande show e com certeza o Skank vai fazer falta. Vamos ver se os integrantes pretendem lançar trabalhos solo ou quem sabe daqui a alguns anos eles não retornam para uma turnê de celebração.

Foto de Diego Ruahn tirada do Instagram do Skank