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domingo, 24 de abril de 2005

Sobre café e cigarros

O filme “Sobre café e cigarros” é uma série de 11 curtas-metragens feita pelo diretor Jim Jarmusch (seu último filme foi “Ghost Dog”). Os curtas mostram personagens conversando sobre os mais variados temas, sempre tendo café e cigarro ou como tema da conversa ou como pano de fundo da história. Todos ligados pelo tema e também pelo estilo como foram feitos, todos em preto e branco e mantendo o estilo da fotografia (ângulos usados para filmagem coisa e tal).

Os atores e músicos convidados para o filme ou são amigos do diretor ou então são pessoas com que ele sempre quis trabalhar como Cate Blanchett e Steve Coogan. Alguns vivem personagens fictícios ou então como eles mesmos, mas o roteiro é totalmente ficcional ou então baseados em uma versão “exagerada” da personalidade deles.

Tudo começou em 1986, quando Jarmush foi convidado para dirigir um quadro para o programa Saturday Night Live. O resultado é o primeira curta do filme, estrelado por Roberto Benigni e Steven Wright. Ele foi exibido no programa e também em festivais de cinema. Em 1989 ele faz outro curta, enquanto ele filmava um filma chamado “Trem Mistério”, usando atores do filme. Em 1992 ele fez mais dois curtas, um estrelado por Iggy Pop e Tom Waits.

Em 2003 Jarmusch resolveu fazer mais uma série de curtas e reuni-los em um filme só. O resultado disso é o filme. Esses mais novos tem participação de gente como Meg e Jack White (do White Stripes), RZA e GZA (do Wu-Tang-Clan) e Bill Murray.

Entre os 11 curtas, nem todos são legais. Um ou outro acaba soando meio sem graça. Mas a grande maioria é legal, interessante e divertido. O meu preferido é o protagonizado pó Steve Coogan (do filme “24 party people”) e Alfred Molina (o Dr. Octopus de “Homem Aranha 2”).

Incrível como até o curta protagonizado por Roberto Benigni é legal! Jim Jarmusch realmente é um gênio por conseguir realizar uma façanha dessas.

No final do filme você até fica com vontade de tomar um café e fumar um cigarro. E olha que eu odeio ambos. Se a pessoa gostar então a coisa piora. Malditos vícios!


Ei, você não é o Bill Murray?

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