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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

O Lutador

Título Original: The Wrestler (EUA, 2008)
Com: Mickey Rourke, Marisa Tomei e Evan Rachel Wood
Direção: Darren Aronofsky
Roteiro: Robert D. Siegel
Duração: 109 minutos


Nota: 5 (excelente)


O diretor Darren Aronofsky voltou a fazer um grande filme com “O Lutador”, estrelado por Mickey Rourke. Ele tinha errado a mão feio com “Fonte da Vida”, onde a megalomania acabou falando mais alto. Agora ele está de volta com um filme simples e honesto, tudo que era preciso para mostrar novamente o seu talento.

Quem também estava precisando de um bom papel era Mickey Rourke, que passou por uma péssima fase onde até chegou a virar um lutador profissional e teve que fazer várias plásticas por causa disso. Ele já tinha ensaiado uma volta por cima em “Sin City”, mas somente agora teve o reconhecimento da crítica e vem conquistando alguns prêmios como o Globo de Ouro, além de ser o favorito ao Oscar de melhor ator.

Rourke sem dúvidas era a pessoal ideal para protagonizar esse filme, justamente por ter um histórico um pouco parecido com o do personagem. Ele vive Randy “O Carneiro”, um lutador de luta livre dos anos 80 que não tem mais o mesmo prestígio de antigamente, além de ter que enfrentar a idade. Após uma parada cardíaca ele tem que parar de lutar. Sobra então tentar levar um vida com um emprego normal. Iremos acompanhar um pouco do seu drama, além é claro de boas cenas dele em cima do ringue. Ele levou esse negócio de luta livre tão a sério que ele deve virar lutador na vida real.

Para quem não conhece a luta livre, existe a liga profissional WWF que tinha um programa exibido por aqui na antiga Rede Manchete. Atualmente não sei dizer se ainda tem algum canal por assinatura que passa, mas deve ter. Tinha também lutas aqui no Brasil, o telequete, que tinha o lutador Ted Boy Marino como grande astro.

Segundo o diretor, a história é uma metáfora para nossa incapacidade de lidar com a perda da glória e com os impedimentos que nos atrapalhem a levar nossa arte adiante. Ele também sentiu isso na pele após ter sido massacrado pela crítica, com razão, por “Fonte da Vida”. Rourke também passou por isso, além também da atriz Marisa Tomei. Ela ganhou o Oscar de atriz coadjuvante nos anos 90 por “Meu primo Vinny” e passou um bom tempo sem conseguir bons papéis, sendo novamente reconhecida por seu trabalho nesse filme.

Interessante é a gente fazer uma analogia do cinema com a luta livre. A luta livre é falsa, as lutas não são reais. O cinema também é falso, as histórias também não são reais. Mas mesmo assim ambos têm a capacidade de fazer com que o público realmente chegue a acreditar que aquilo que estão assistindo é de verdade.

Como foi dito no início do texto, o grande trunfo do filme é justamente sua simplicidade e honestidade. Sem usar de efeitos de edição modernos ele mostra um retrato bem interessante de um lutador e sua crise. Lembra até um pouco “Rocky Balboa”, mas a crise do personagem aqui é mais interessante.


Talvez alguns se incomodem com a violência, por mais que seja falsa, ou com o final meio “do nada” deixado em aberto, mas não poderia ter um desfecho melhor para a história. Não da para explicar melhor para não estragar a história.

Confira o trailer do filme:


2 Indicações ao Oscar 2009:
Ator: Mickey Rourke
Atriz Coadjuvante: Marisa Tomei

Indicados ao Oscar 2009 já comentados aqui no blog

* O filme estréia sexta-feira dia 13 em todo o Brasil.

6 comentários:

Nanda Assis disse...

me parece muito bom.

bjosss...

Marcio Melo disse...

"Assistirei-o-o" em breve

Rodrigo Carreiro disse...

É um filmaço, realmente um grande filme. Fiz minha crítica também. Um dia você lerá no meu novo blog quando sair do papel hehehe

Maína Pinillos Prates disse...

Como você fala que achava que eu não ia gostar, o filme é foda, atuações brilhantes dos dois protagonistas!! O final com Guns N Roses amei!!

Anônimo disse...

O filme é a atuação dele, mas a história? Que história?

Marcio Melo disse...

Vou ter que comentar novamente depois que o vi.

Sensacional. É um Rocky Balboa da luta livre, só que aqui não existe volta por cima e final feliz