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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

O Mestre

Título Original: The Master (EUA , 2012)
Com: Philip Seymour Hoffman, Joaquin Phoenix, Amy Adams, Jesse Plemons, Laura Dern, Ambyr Childers, Lena Endre, Raimi Malek, Madisen Beaty e Fiona Dourif
Direção e Roteiro: Paul Thomas Anderson
Duração: 137 minutos

Nota: 4 (ótimo)

Paul Thomas Anderson é um dos meus diretores favoritos. Sempre crio expectativa sobre seu próximo filme. Ainda mais que o intervalo entre eles sempre é um pouco “longo”. Seu último filme foi “Sangue Negro” de 2007. Quando soube que seu próximo trabalho, chamado “O Mestre”, iria falar sobre a Cientologia fiquei bastante curioso. Além disso, também iria marcar a volta de Joaquin Phoenix ao cinema depois da maluquice de “I´m Still Here”.

A trama é inspirada L. Ron Hubbard, o criador da Cientologia. O culto ficou famoso e encontrou em algumas celebridades de Hollywood (como Tom Cruise) como seus principais seguidores. Mas o objetivo de Anderson não é criticar ou julgar a religião. Seus filmes geralmente tem o tema da família como pano de fundo, seja ela de sangue, escolhida ou por acaso. E aqui não é diferente.

Primeiro iremos conhecer Freddie Quell (Phoenix), um rapaz que participou da 2ª Guerra Mundial e não conseguiu se ajustar mais a sociedade quando voltou dela. O sujeito só queria saber de bebida e sexo, com isso só arrumava confusão e ficava pulando de emprego em emprego.

Tudo muda quando por acaso ele vai parar num barco onde está acontecendo um casamento. Então iremos encontrar Lancaster Dodd (Philip Seymour Hoffman), o "Mestre" do título de um culto chamado “A Causa”. Dodd vê no rapaz desajustado uma chance de colocar sua metodologia em prática. Aí começa a relação entre mestre e aprendiz.

A trama é justamente focada nessa relação entre os 2 e o quanto cada um irá influenciar na vida do outro. O “mestre” vê no rapaz algumas das coisas que ele reprimiu em si mesmo, como o aprecio pela bebida e por sexo. Mas sua mulher (interpretada por Amy Adams) é controladora e o mantêm na linha para seguir com “A Causa”. O objetivo do culto é tentar encontrar através de vidas passadas da pessoa o que estaria prejudicando-a e com isso nos tornamos seres humanos melhores.

O grande trunfo do filme é o elenco. Hoffman está fantástico como Lancaster! Sua atuação é impressionante e é o grande destaque. Mas Phoenix não fica muito atrás entregando mais um excelente trabalho. E obviamente as cenas entre os 2 são os pontos do filme.

Minha única “crítica” em relação ao filme é que eu esperava uma análise melhor da religião em si. Mostrar qual seria a motivação do Mestre, se ele realmente acreditava nos seus métodos ou simplesmente queria ganhar dinheiro. Talvez por isso o filme não tenha me “emocionado” tanto quanto os outros filmes da filmografia de Anderson.
Mesmo assim continuo o admirando bastante pois ele conseguiu realizar mais um ótimo trabalho se consolidando cada vez mais como um excelente cineasta com filmes não tradicionais, que sempre surpreendem e sendo maduro sem soar chato ou pretensioso.

Um comentário:

Marcio Melo disse...

Tento, tento e tento. Vou de peito aberto e tudo o mais, mas não consigo ser fã de Paul Thomas Anderson. Acho que ele me traumatizou com a chuva de sapos, deve ser isso.

Quanto ao filme é realmente como você disse: o melhor está no elenco e na relação entre os 2 personagens.

Achei apenas bom, como sempre acho de todos os trabalhos de PTA. hehehehe