Título Original: Everest (EUA, Inglaterra, 2015)
Com: Jason Clarke, John Hawkes, Josh Brolin, Naoko Mori, Michael Kelly, Ang Phula Sherpa, Pemba Sherpa, Elizabeth Debicki, Martin Henderson, Emily Watson, Sam Worthington, Ingvar Eggert Sigurõsson, Keira Knightley, Robin Wright e Jake Gyllenhaal
Direção: Baltasar Kormákur
Roteiro: William Nicholson e Simon Beaufoy
Duração: 121 minutos
Nota: 3 (bom)
Por coincidência “Evereste” é o 3º filme seguido que eu vejo no cinema que mostra pessoas em situações "extremas" (os outros foram “Perdido em Marte” e “A Travessia”). Esse sem dúvidas é a situação mais "estúpida". É muita "loucura" mesmo tentar chegar ao topo do Evereste, quer dizer, o problema maior é conseguir chegar e depois voltar. E quais as motivações? Em um momento do filme um jornalista que faz parte do grupo faz essa pergunta e todos respondem "porque ele está lá".
Realmente é um pouco complicado tentar explicar as motivações das pessoas em encarar a tarefa de chegar ao topo do mundo. Talvez testar seus próprios limites. O objetivo do filme acho que não é esse, mas sim mostrar o caso real ocorrido em 1996. Nessa época estavam surgiam empresas que vendiam o serviço de escalar o Evereste para turistas. Então iremos acompanhar o grupo liderado por Rob Hall (Jason Clarke), que tenta negociar espaço na montanha com outros grupos, como o de Scott Fischer (Jake Gyllenhaal). A situação piora na volta após chegar o topo quando uma tempestade surpreende os grupos causando um desastre.
Bom, a história é baseada em fatos reais, então já vale avisar que foi uma tragédia e tinha sido a maior registrada no local. Mas uma avalanche ocorrida em 2014 superou matando 16 pessoas. Inclusive esse acidente atrapalhou as filmagens que teve que ser adiada.
O meu problema como esse tipo de história de tragédias é o foco em determinadas pessoas. Fiquei com uma impressão parecida com a do filme “O Impossível”, no qual uma família sobrevive ao tsunami na Tailândia. O filme peca um pouco em não mostrar o lado dos sherpas, nem por mostrar seu heroísmo, assistência e exploração nesse tipo de expedição ao topo do Evereste. No acidente de 2014 eles foram maioria nas fatalidades.
Ainda assim o filme é muito competente na parte técnica ao recriar essa catástrofe ocorrida no lugar. Os efeitos especias são muito bem feitos e misturam filmagens no local com feitas em estúdio com resultado bastante realista. Apenas a parte no topo do Evereste ficou um pouco tosca, mas não chega a comprometer o resultado visual.
Além disso, o filme tem um elenco muito bom que consegue dar vida aos inúmeros personagens de maneira satisfatória. O jeito foi focar em apenas alguns dando a todos esses um bom espaço. Dessa forma seus arcos dramáticos acabam funcionando. O time de atores reunidos consegue dar uma boa qualidade a história conseguindo dar qualidade a trama apesar do roteiro básico.
No final das contas temos um bom e correto filme. A parte técnica e os atores acabam sendo um bom diferencial para sair do lugar comum. O resultado é suficiente e eu não esperava mais do que isso.
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