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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

A Invenção de Hugo Cabret

Título Original: Hugo (EUA, 2011)
Com: Asa Butterfield, Chloe Moretz, Jude Law, Helen McCrory, Ben Kingsley, Emily Mortimer, Christopher Lee, Sacha Baron Cohen e Ray Winstone
Roteiro: John Logan baseado no livro de Brian Selznick
Diretor: Martin Scorsese

Nota: 5 (excelente)

O diretor Martin Scorsese deixa de lado a parceria com o ator Leonardo DiCaprio que durou 12 anos e 4 filmes (Ilha do Medo, Os Infiltrados, O Aviador e Gangues de Nova York) e a violência quase sempre presente em sua filmografia para fazer um filme mais voltado para o público infanto-juvenil: “A Invenção de Hugo Cabret”.

Assim como “O Artista”, Scorsese também presta uma linda homenagem ao cinema mudo e mais especificamente ao cineasta francês George Meliès. Só que aqui a homenagem vem como pano de fundo da história e é em 3D. Se “O Artista” brinca com a invenção do cinema falado a idéia de Scorsese em homenagear o cinema antigo em 3D soa tão interessante como, já que a tecnologia vem sendo comparada como uma nova evolução no cinema assim como foi o som e as cores.

Voltando ao filme, ele conta a história de Hugo Cabret, um filho de um relojoeiro que herdou de seu pai um autômato (uma espécie de "homem mecânico"), mas não consegue colocá-lo para funcionar. Ele vive numa estação de trem em Paris nos anos 30 dando manutenção nos relógios num oficio herdado de um tio após a morte de seu pai. Ele conhece então um senhor dono de oficina de brinquedos que fica na estação e fica amigo da sobrinha dele. Juntos eles irão tentar desvendar o mistério do autômato.

E onde que o cinema entra na história? Melhor não contar essa parte para não estragar as surpresas do filme. Ele mistura realidade com fantasia e sonhos criando uma história que tem tudo para agradar todas as idades e principalmente os fãs da 7ª arte.

O elenco juvenil apesar da idade já tem experiência no cinema. Asa Butterfield que vive Hugo ficou conhecido por “O menino do pijama listrado” enquanto Chloe Moretz rouba a cena em “Kick-Ass”. Também estão presentes com destaque Ben Kingsley, Christopher Lee e Sacha Baron Cohen (Borat), além da participação especial de Jude Law. Apesar de nenhum deles ter uma atuação muito marcante, todos estão muito bem e contribuem para a qualidade do filme que tem uma força maior na sua história.

Alias a história tem até uns pequenos problemas e alguns clichês de tramas que envolvem jovens órfãos, mas felizmente Scorsese consegue superar isso e não se deixa cair nas armadilhas e melodramas que o tema poderia trazer.

Além disso, a parte técnica é muito boa, principalmente na parte visual. O 3D é utilizado muito bem sem exageros de coisas saltando da tela, mas sim dando profundidade aos cenários e ajudando na ambientação funcionando como uma ótima ferramenta para contar a história.
Scorsese conseguiu realizar um filme muito bonito e emocionante com um clima de fantasia meio inocente nem sempre presente em produções mais voltadas para o público infanto-juvenil, que além disso, presta uma maravilhosa homenagem a magia do cinema.

3 comentários:

Marcio Melo disse...

Estou doido para assistir, é um dos meus mais esperados deste ano, mas só poderei vê-lo depois do carnaval.

Que bom que é excelente, emocionante, bonito... acho que vou quebrar aquela minha lei de só me emocionar com robôs né?

Rodrigo Carreiro disse...

Tenho muita curiosidade pra ver Scorsese nesse projeto.

Marcio Melo disse...

Só pra você dizer que só me emociono com robôs voltei aqui para confirmar que este é mesmo um dos melhores filmes do ano.

Lindo.