Título Original: The Perks of Being a Wallflower (EUA , 2012)
Com:
Logan Lerman, Emma Watson, Ezra Miller, Nina Dobrev, Paul Rudd, Mae
Whitman, Melanie Lynskey, Melanie Lynskey, Johnny Simmons, Zane Holtz,
Reece Thompson, Erin Wilhelmi e Joan Cusack
Direção e Roteiro: Stephen Chbosky
Duração: 103 minutos
Nota: 5 (excelente)
Uma
das coisas que me chamou a atenção no filme “As Vantagens de Ser
Invisível” foi o fato do próprio autor do livro em que o filme é baseado
ter escrito o roteiro adaptado e também dirigido. Não lembro de ter
visto isso antes. Stephen Chbosky além de escritor também tem
experiência na televisão no seriado “Jericho” e no cinema esse é seu 2º
filme.
A história se passa no início dos anos 90 e mostra o
amadurecimento do adolescente Charlie (Logan Lerman de “Os Três mosqueteiros”) aos 15 anos quando ele entra no colegial enquanto ainda
se recupera de uma depressão e da morte de um grande amigo. Ele irá
“sofrer” como calouro no colégio enquanto tenta se socializar. No início
acaba apenas tendo o professor de literatura (vivido por Paul Rudd de
“Eu te amo, cara”). Mas depois ele acaba conhecendo Patrick ( Ezra
Miller de “Precisamos falar sobre o Kevin”) e Sam (Emma Watson, a
Hermione da série “Harry Potter”) e a situação muda de figura.
Conseguir retratar o universo adolescente sempre é
uma tarefa complicada. Mas Chbosky conseguiu captar muito bem uma
geração ao contar uma história que mistura drama e comédia ao tocar em
temas importantes e complicados como amor, drogas, sexualidade e
amadurecimento. Quem melhor do que ele mesmo para transpor o livro para a
tela do cinema.
Isso com certeza ajudou bastante na construção dos
personagens. Todos tem sua importância e tempo na tela. A primeira
aparição de Patrick e Sam são muito bons. Chbosky não usa grandes
recursos cinematográficos, nisso ele apenas faz o básico e necessário
para contar sua história. O grande trunfo mesmo são a história, os
personagens e principalmente as atuações.
O filme não funcionaria se o elenco não conseguisse
mostrar na tela todo o carisma e química entre eles. E nisso o trio
Lerman, Watson e Miller está brilhante. Todos surpreendem com ótimas
atuações em papéis que exigem bastante ao navegar entre o drama e a
comédia sem nunca exagerar em nenhum deles encontrando o tom certo.
Tudo isso somado a referências pop da época como
músicas, com destaque para “Heroes” de David Bowie que tem papel
importante na história, e filmes como o musical “Rocky Horror Picture
Show”. Ainda mais que na época em que a história se passa a questão da
descoberta de músicas e filmes era diferente, não tinha Internet como
fonte de informação.
O resultado é um filme que mostra uma incrível e
bela história sobre amizade, adolescência, descobertas, amor, entre
outros temas, contada de maneira excelente que consegue emocionar e até
render algumas reflexões.
Gostei tanto que até comprei o livro, assim que eu ler comento por aqui.
Tenho que comprar o livro também, gostei tanto que não paro de ouvir a trilha sonora dele.
ResponderExcluirE o cara sabe mesmo das coisas, além de tudo foi produtor de uma das séries que mais curti, Jericho, que foi cancelada prematuramente por falta de audiência (o mal do século hehehe)
Vou tentar ver... ando preguiçosa para ir ao cinema ultimamente.
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