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quarta-feira, 5 de julho de 2023

Indiana Jones e a Relíquia do Destino

Indiana Jones e a Relíquia do Destino” apresenta mais uma nova aventura do personagem-título, mas agora com a direção de James Mangold. Apesar da mudança de comando, Mangold seguiu bem o estilo de Steven Spielberg e apresenta um longa-metragem que utiliza os principais elementos vistos nos filmes anteriores e apresenta uma nova personagem bem interessante interpretada por Phoebe Waller-Bridge.

O filme começa com um flashback e nos apresenta uma versão um pouco mais jovem de Indiana Jones, cujo efeito visual impressiona com o rejuvenescimento de Harrison Ford, colocando-o no final da 2ª guerra mundial fugindo mais uma vez dos nazistas. Surge um novo objeto histórico de desejo, mas sua importância só é revelada anos depois, no tempo presente da trama de ”Indiana Jones e a Relíquia do Destino” em que encontramos o protagonista com 80 anos e se aposentando da vida de professor.

Essa versão atual de Indy é curiosa, pois agora vemos um senhor idoso que reclama do barulho dos jovens vizinhos e cuja aula não causa mais nenhum interesse nos anos. A situação muda quando Helena (Phoebe Waller-Bridge) aparece pedindo ajuda a seu padrinho após a morte do pai Basil Shaw (Toby Jones). A assistência se refere ao objeto recuperado por Jones e Shaw no passado, que também é procurado por Jürgen Voller (Mads Mikkelsen). Assim começa a confusão bem ao estilo de Indiana Jones em busca do paradeiro desse objeto com viagens e aventuras através do mundo.

Não é necessária muita coisa para se fazer um bom filme de Indiana Jones
James Mangold utiliza os principais elementos. É impossível não se emocionar ao ver Harrison Ford de chapéu e chicote na mão ao som da trilha sonora de John Willians. Se esse novo longa-metragem tivesse só isso, já valeria o ingresso do cinema, mas felizmente Mangold constrói uma obra divertida e cativante.
Um dos diferenciais é justamente a presença de Phoebe Waller-Bridge. Sua Helena dá um frescor à narrativa ao apresentar uma personagem cheia de carisma, cinismo, ironia e ambiguidade, algo que lembra um pouco o próprio Jones no início da carreira. O jovem Teddy (Ethann Isidore) também se mostra muito talentoso e rouba a atenção quando está em cena.

As cenas de ação também são competentes e têm efeitos visuais satisfatórios, acima da média em comparação aos últimos blockbusters. A perseguição de carros e tuk-tuks nas ruas de Tânger, por exemplo, é bem divertida e muito bem executada.

É bem provável que “Indiana Jones e a Relíquia do Destino” seja a última aventura desse clássico personagem. Sem dúvidas James Mangold entrega uma despedida à altura em mais um filme de qualidade do herói.

Classificação:


Título Original: Indiana Jones and the Dial of Destiny (EUA, 2022)
Com: Harrison Ford, Phoebe Waller-Bridge, Antonio Banderas, John Rhys-Davies, Toby Jones, Boyd Holbrook, Ethann Isidore e Mads Mikkelsen
Direção: James Mangold
Roteiro: Jez Butterworth, John-Henry Butterworth, David Koepp e James Mangold
Duração: 154 minutos

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